Cyril Ramaphosa foi reeleito como Presidente da República da África do Sul, que liderará a sétima administração democrática.
Após um dia inteiro de procedimentos durante a primeira sessão da Assembleia Nacional do sétimo Parlamento, Ramaphosa -- o presidente do Congresso Nacional Africano -- foi nomeado na noite de sexta-feira para o cargo de presidente.
A sessão ocorreu no Centro Internacional de Convenções da Cidade do Cabo (CTICC) no Cabo Ocidental.
Trezentos e trinta e nove cédulas foram emitidas e contadas, com 12 cédulas inválidas. Ramaphosa recebeu 283 votos contra o líder do Economic Freedom Fighters, Julius Malema, que recebeu 44 votos.
Membro do Parlamento (MP) do Congresso Nacional Africano, Mdumiseni Ntuli, nomeou Ramaphosa para o cargo de presidente e foi apoiado pelo líder e deputado do Partido da Liberdade Inkatha (IFP), Velenkosini Hlabisa, durante um processo presidido pelo Chefe de Justiça Raymond Zondo.
A eleição do presidente veio depois que o ex-ministro da Agricultura, Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, Thoko Didiza, foi eleito como Presidente da Assembleia Nacional após uma votação na Câmara.
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Didiza foi declarada pelo juiz Zondo como presidente depois de receber 284 votos contra sua concorrente, Veronica Mente, dos Economic Freedom Fighters, que recebeu 49 votos.
A Dra. Annelie Lotriet, da Aliança Democrática, foi eleita vice-presidente da Assembleia Nacional para o sétimo Parlamento. Isso depois que ela recebeu 273 votos, enquanto o colega candidato, Vuyolwethu Zungula, líder do Movimento Africano de Transformação, recebeu 54 votos.
A primeira sessão da Assembleia Nacional ocorreu após as Eleições Gerais em 29 de maio. Os procedimentos do dia começaram com o juramento de membros do Parlamento, que fizeram um juramento ou afirmação que os ordena a serem fiéis à República da África do Sul e a obedecer, respeitar e defender a Constituição e todas as outras leis da República.
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As recentes eleições nacionais e provinciais da África do Sul foram as mais contestadas e convincentes desde os primórdios da democracia em 1994. Como no período eleitoral pós-1994, espera-se que o presidente eleito Ramaphosa lidere um Governo de Unidade Nacional no futuro.
Este será seu segundo mandato como líder do governo da África do Sul.
Espera-se que ele seja inaugurado na próxima quarta-feira, 19 de junho.
Mensagens de parabéns
Depois que o juiz Zondo declarou a reeleição do presidente Ramaphosa, vários partidos políticos se revezaram para parabenizá-lo.
O líder da Aliança Democrática, John Steenhuisen, disse que o dia é um dia histórico para o país e o início de um novo capítulo de construção, cooperação e colocar os interesses e o futuro do país em primeiro lugar.
“Nestas eleições, os eleitores optaram por não dar a nenhum partido sua própria maioria e, ao fazê-lo, nos disseram que querem que trabalhemos juntos para construir uma África do Sul próspera, não racial e unida, com uma grande economia que funcione para todos. Agora devemos nos elevar à ocasião e subir ao chamado da África do Sul”, disse Steenhuisen.
O líder da EFF, Julius Malema, também parabenizou o presidente, dizendo que seu partido aceita os resultados e a voz do povo da África do Sul expressa durante as eleições.
“Vamos garantir que este Parlamento seja funcional”, disse Malema.
O líder do Partido da Liberdade Inkatha, Velenkosini Hlabisa, disse que este é o início de uma nova era.
“O IFP está pronto para servir no governo da África do Sul. Entramos no governo de unidade nacional com a mente aberta e os olhos bem abertos.”
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Ramaphosa foi empossado como presidente da África do Sul pela primeira vez em 15 de fevereiro de 2018 e novamente em 22 de maio de 2019 após as eleições de 2019.
Os primeiros anos
O Presidente nasceu em 17 de novembro de 1952 em Joanesburgo. Sua família foi transferida de Western Native Township para Soweto em 1962, onde frequentou a Escola Primária Tshilidzi.
Ele completou o ensino médio na Mphaphuli High School em Sibasa, Venda, em 1971.
Ramaphosa começou seus estudos na Universidade do Norte em 1972, onde se envolveu na política estudantil, juntando-se à Organização Estudantil da África do Sul (SASO) e à Convenção do Povo Negro (BPC).
O Presidente é formado em direito pela Universidade da África do Sul e recebeu vários doutorados honorários de universidades locais e internacionais.
Ele recebeu o prêmio Olof Palme em Estocolmo em 1987 e foi premiado com a Ordem Nacional do Baobá em Prata em 2009 por sua contribuição às negociações multipartidárias e por presidir a Assembleia Constitucional.
Antes de se tornar o presidente da África do Sul, Ramaphosa atuou como vice-presidente desde 2012.