• Nações Unidas satisfeitas com desminagem no país


    A delegação do Bureau do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas em África (UNSAC) manifestou-se, ontem, na província do Bié, regozijada com o trabalho de remoção de minas e recomendou ao Centro Nacional de Desminagem (CND), das Brigadas das Forças Armadas Angolanas (FAA), e à ONG Halo Trust que prossigam, para que Angola se torne livre de minas a médio prazo.

    Os membros do Bureau do Comité Consultivo Permanente da ONU, que cumprem, desde ontem, uma jornada de trabalho a um dos territórios em Angola mais afectado pelo conflito armado da década de 90, foram informados sobre a desminagem de um total de um milhão e setecentos e noventa metros quadrados de terras.

    A remoção dessas minas foi realizada pelas brigadas do grupo operativo das FAA e da Organização Não-Governamental (ONG) Halo Trust, num trabalho considerado positivo pelos membros do Bureau do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas em África.

    Coube ao representante da Agência Nacional de Acção Contra as Minas (ANAM) no Bié, Ismael Brito, transmitir a mensagem, tendo esclarecido que as terras livres de minas vão poder ser usadas para a agricultura e habitação, cabendo ao Governo a sua distribuição.

    Segundo dados avançados pelo representante da ANAM, durante a realização dos trabalhos de limpeza dos territórios agora clarificados, foram removidas 12 minas anti-tanque, 18 minas anti-pessoal, 350 engenhos explosivos, bem como centenas de munições de diversos calibres.

    No período em referência, referiu Ismael Brito, foram registados quatro acidentes com minas, que resultaram em sete mortes e 13 feridos, nos municípios do Andulo, Cuito, Cunhinga, Camacupa e Cuemba.

    A delegação da UNSAC, na província do Bié, é liderada pela embaixadora Sara Silva, directora dos Assuntos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores de Angola.