• Ministros da SADC articulam medidas para prevenir a propagação da cólera


    Os ministros das Relações Exteriores e dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúnem-se, hoje, em sessão extraordinária, para discutir as modalidades através das quais os Estados-membros vão coordenar esforços com vista a prevenir e controlar a propagação da cólera na região.

    Téte António, ministro das Relações Exteriores da República de Angola, na qualidade de presidente em exercício do Conselho de Ministros da SADC, vai orientar, a partir de Luanda, a reunião, que se realizará em formato virtual.

    Ainda sobre a situação sanitária da África Austral, sábado, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral mostrou-se preocupada com o agravamento do surto de cólera que assola alguns países da região. A RDC, Zâmbia, Zimbabwe, Moçambique, Tanzânia e a África do Sul são alguns dos Estados afectados, pelo que a organização procura medidas para dar resposta à expansão da doença.

    Para isso, os ministros da Saúde da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral analisaram, no último sábado, em Luanda, a situação epidemiológica do surto de cólera que está a afectar alguns países da SADC.

    A médica angolana e ministra Sílvia Lutucuta, presidente do Comité dos Ministros da Saúde da SADC, disse que, durante as discussões, a organização traçou mecanismos e comprometeu-se a implementar um plano estratégico de prevenção para travar o aumento da doença.

    "Durante as discussões, consolidamos um plano estratégico robusto focado na prevenção, na preparação e resposta rápida ao surto de cólera, com base nas necessidades e identidade nas nossas regiões. Este plano é multissectorial baseado na visão de uma só saúde, inclui acções imediatas de contenção de surtos actuais de implementação de um mecanismo duradouro, para a prevenção de futuras epidemias, baseadas em evidências e intervenções inovadoras”, explicou a governante.

    A ministra da Saúde sublinhou que os países-membros concordaram em fazer uma avaliação das medidas de recuperação pós-epidemia, com o propósito de dar resposta a futuras epidemias.

    "Adicionalmente, concordamos em fazer uma avaliação criteriosa das medidas de recuperação pós-epidemia dos países afectados, reconhecendo a importância de identificar boas práticas, lacunas nas nossas forças e oportunidades para aprimorar a coordenação e apoio mútuo dos Estados-membros”, concluiu Sílvia Lutucuta.

    Segundo a SADC, nos últimos dois anos, a região tem registado surtos recorrentes de cólera, influenciados também pelas alterações climáticas.