• Ministro Filipe Zau satisfeito com Pólo Turístico de Cabo Ledo


    O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, mostrou-se satisfeito com o processo de crescimento do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, o que poderá tornar a indústria do turismo num verdadeiro “petróleo verde”, no quadro do processo de diversificação da economia.

    Em declarações aos jornalistas, depois de um encontro que manteve ontem com os agentes económicos da região, o ministro destacou que o Executivo já criou as bases para que, em breve, o fornecimento de energia eléctrica e água potável deixe de ser uma preocupação.

    De acordo com o ministro, o facto de a localidade estar a ser invadida por um considerável número de pessoas que se dedicam à pesca de forma desordenada tem sido uma inquietação dos operadores, razão pela qual deverá ser encontrada uma solução para que esta actividade deixe de ser um constrangimento num local que foi concebido exclusivamente para o turismo, o que passa pela análise do melhor cenário possível, sem colocar em causa os interesses da comunidade.

    Filipe Zau defende que o turismo deve comportar a componente cultural, mas há toda uma necessidade de cada indivíduo fazer a sua parte na cadeia de valor, de modo que os turistas se sintam bem acolhidos e tragam os seus recursos financeiros para o país de forma regular, permitindo aumentar a empregabilidade junto das comunidades.

    A invasão do mar sobre a costa, entre outras questões ambientais, segundo o ministro, deverão constar na agenda de trabalho do seu pelouro, com intervenções técnicas eficazes, à semelhança do trabalho feito na Ilha de Luanda, onde foram colocados barreiras artificiais eficazes.

    "Podemos ouvir as preocupações dos nossos operadores turísticos e constatamos que há um trabalho a fazer no médio e longo prazos no sentido de tornar este Pólo cada vez mais atractivo.

    Há uma invasão de pessoas que se dedicam à pesca de forma desordenada, mas esta é uma zona que é reservada para a  actividade turística e não para a pesca. Temos uma costa muito vasta e podemos encontrar locais apropriados para a pesca,  mas tudo passa por uma concertação entre os sectores envolvidos”, disse.

     
    Empenho das autoridades

    A administradora da Quiçama, Nídia Marques, enalteceu o facto do ministro e altos funcionários do seu pelouro terem manifestado o seu regozijo pela evolução da circunscrição sob sua gestão e garantiu o empenho das autoridades locais para que o turismo e a pesca sejam desenvolvidos sem que uma actividade crie transtornos a outra, sem perder de vista a defesa dos interesses da população que reside nas imediações do Pólo de Desenvolvimento Turístico.

    Nídia Marques faz uma avaliação positiva do trabalho levado a cabo pelos proprietários dos resorts, uma vez que, segundo afirma, além de contribuírem na arrecadação de receitas, ajudaram a valorizar a região, que recebe cada vez mais um número crescente de turistas.

    Requalificação da zona

    O director-geral do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, Francisco Amaro, disse que existe um trabalho de sensibilização junto das comunidades e o poder local, para que a requalificação da zona seja benéfica para todos os intervenientes no processo.

    "Foi uma jornada muito produtiva, porque pudemos interagir com a classe de operadores de forma a fazer uma radiografia daquilo que é a actividade turística na nossa região e estamos certos de que as orientações deixadas pelo ministro e a sua comitiva servirão para encontrar as melhores soluções dos nossos problemas”, augurou.

     
    Deliberações

    A criação de uma comissão integrada por operadores turísticos, membros da administração da Quiçama e da comunidade residente nas imediações do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, com vista ao ordenamento  da actividade turística  e pesqueira, configuram nas principais deliberações.

    No encontro mantido à porta fechada, o titular da pasta da Cultura e Turismo  auscultou dos empreendedores as principais dificuldades enfrentadas pelos cerca de 12 complexos em desenvolvimento, cuja actividade proporcionou centenas de empregos e representa uma das principais fontes de receitas para a administração local.