O Ministério da Educação vai inserir, no próximo ano lectivo, a Língua Francesa nos currículos da quinta e sexta classes, anunciou esta segunda-feira, em Luanda, a ministra Luísa Grilo.
Em declarações à ANGOP, por ocasião da 5ª edição da Semana da Língua Portuguesa, que decorre de 6 a 10 do corrente mês, Luísa Grilo adiantou que está tudo a postos para o arranque do projecto.
Precisou que esta disciplina será ministrada a partir da 5ª classe, tendo em atenção a necessidade de se promover, cada vez mais, o intercâmbio de experiências de comunicação, assim como a abertura social e cultural entre os povos de diferentes comunidades.
A ministra disse que a inserção da disciplina acontece no quadro da cooperação entre Angola e França, que permitiu ao Ministério da Educação e a Embaixada Francesa gizarem estratégias para a melhoria das competências dos professores de Língua Francesa.
Revelou que, no ano lectivo a seguir, será introduzida a Língua Inglesa.
A ministra aventou ainda a possibilidade de introdução de línguas nacionais ou maternas nos currículos escolares, nos próximos tempos.
De acordo com a governante, o seu sector procura desenvolver estudos nos mais variados domínios, cuja finalidade concorre para a melhoria da aprendizagem, assim como elevar os níveis de literacia nos vários domínios da vida.
O próximo ano lectivo inicia em Setembro.
A Semana da Língua Portuguesa acontece sob o lema “Língua, conhecimento e desenvolvimento” e tem como objectivo a partilha de conhecimento da realidade linguística e socio-cultural na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), promover áreas deficitárias em estudos no domínio da comunicação, assim como aproximação entre especialistas e o estabelecimento de parcerias.
O evento reúne políticos, diplomatas, académicos, pesquisadores, professores, estudantes, entre outras entidades, com o propósito de partilharem as diferentes realidades sobre a Língua Portuguesa e valorizar as várias formas de comunicação.
Participam do evento, que acontece também via online, representantes de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Portugal, Brasil, entre outros.