A influência de Angola a nível dos comités olímpicos no continente deu ao país o direito de organizar, em Dezembro do próximo ano, os Jogos Africanos da Juventude, evento cuja realização trará, à partida, vantagens para o desporto nacional, no domínio das infra-estruturas.
De acordo com o presidente do Comité Olímpico Angolano (COA), Gustavo da Conceição, o país superou a concorrência do Togo, na disputa da sede da reunião dos jovens de África, até aos 17 anos, dentro da perspectiva de preparação dos desafios do ciclo olímpico que começa com a nova olimpíada, o intervalo de quatro anos entre um e outro encontro universal dos desportistas.
"Conseguimos levar para Angola os próximos Jogos Africanos da Juventude, previstos para Dezembro do próximo ano. Foi uma agradável vitória aqui, já que estávamos em competição com o Togo, que acabou por desistir, quando viu o nosso potencial e a nossa influência a nível dos comités olímpicos”, afirmou o líder máximo do olimpismo nacional.
Como vantagem, o dirigente sublinha a aposta na melhoria dos recintos desportivos. "Temos esse desafio de mostrar Angola ao mundo, através da realização dos Jogos Africanos da Juventude, que vão exigir certamente um investimento. Acredito que teremos a pista de atletismo, para possibilitar a melhoria de marcas e o crescimento da modalidade.”
Ao aceitar o desafio de fazer um balanço preliminar da presença angolana nos Jogos de Paris’2024, Gustavo da Conceição defendeu a necessidade de se alargar o âmbito da abordagem: "Posso dizer que se do ponto de vista desportivo, se nessa ou naquela disciplina ficámos aquém das nossas expectativas, do ponto de vista da exploração e da divulgação do nome de Angola, estamos muito bem e vamos procurar capitalizar isso, possibilitando que quer alguns dirigentes quer Angola como país, se mostrem ao mundo, através de um conjunto de realizações que ainda vão acontecer.”
Candidatura internacional
À margem do magno evento desportivo, a Missão angolana submeteu a candidatura para distinção de um dos seus membros, entre finais de Outubro e princípio de Novembro. "Posso dizer que está muito bem encaminhada. É o Mário Rosa de Almeida, que tem vários anos de experiência, por isso recebeu o aval da Associação Mundial dos Comités Olímpicos, para um prémio.”
Aprendizado na derrota
A falha do objectivo de apuramento para os quartos-de-final do torneio feminino de andebol, por parte das Pérolas de África, deve deixar lições a serem utilizadas no futuro. "A nossa derrota tem de nos emprestar um aprendizado. E isso tem de nos levar a melhorar a largura do nosso jogo. Estamos a jogar pouco com as pontas.
Temos de explorar melhor a nossa condição física e o contra-ataque. Tentámos jogar em ataque organizado, num jogo posicional. Esta tendência é real e é isso que temos de trabalhar. A alternância entre o ataque posicional e a nossa capacidade de explorar os contra-ataques”, recomendou o presidente do COA.
A concentração é outra qualidade deficitária identificada nas campeãs de África, sobretudo as falhas consideradas ingénuas por Gustavo da Conceição. "A esse nível a ingenuidade paga-se caro.
Não podemos estar a jogar, por exemplo, sem guarda-redes, e fazermos um passe ou para o adversário, ou para fora. Portanto, é um processo que está em desenvolvimento. Não atingimos o nosso sonho desta vez, mas continuo a acreditar que o andebol está muito perto de concretizar a nossa aproximação das medalhas. Está muito perto de nos dar uma grande alegria a nível global.”