Os membros da família Tucker, descendentes de angolanos que foram transportados para os Estados Unidos da América na era do tráfico negreiro, fazem parte da delegação presidencial que acompanha Joe Biden na primeira visita ao país.

A delegação, que se encontra em Angola desde segunda-feira, vai acompanhar Joe Biden ao Museu da Escravatura, em Luanda, representando um simbolismo histórico na busca pelas suas origens.

A declaração foi feita, esta terça-feira, pelo embaixador Matias Pires, durante uma análise, na Televisão Pública de Angola (TPA), sobre a visita do Presidente Joe Biden ao país.

Para o diplomata “é um momento simbólico, forte, porque a vinda deles e a visita ao museu não é assunto de negócios, mas é algo que toca os corações".

Além disso é possível "ver o que vai na alma desta comunidade negra americana, descendente de Angola, cujos ancestrais, os seus avós, foram vendidos como mercadoria, nasceram e cresceram sem saber as suas origens”, acrescentou.

“Hoje, dia 3 de Dezembro de 2024, tem uma pessoa da grandeza do Presidente dos Estados Unidos a acompanhá-los à terra de sua origem e vão justamente ver toda a narrativa associada ao processo do tráfico de escravos, naquele acervo que está conservado no Museu de Escravatura. É um momento de elevar o sentido porque o Presidente aqui diz, claramente, que não veio apenas para promover negócios, mas também para unir povos”, sublinhou o embaixador.

É por isso que para Matias Pires, a visita ao museu, que aparentemente para o cidadão pode parecer algo normal, carrega este simbolismo muito importante.