• Exaltações e consternação no “adeus” a Hermínio Escórcio


    O bom exemplo de cumprimento do dever patriótico e espírito de missão foram exaltados durante as exéquias do nacionalista e embaixador na reforma Hermínio Escórcio, sepultado, domingo, no Cemitério do Alto das Cruzes, em Luanda.

    Durante a cerimónia fúnebre, testemunhado por altas figuras da política, diplomacia e da sociedade civil, ficou sublinhado o papel exercido por Hermínio Escórcio, enquanto ex-preso político e embaixador, em prol do processo de desenvolvimento do país.

    Nas várias mensagens de condolências, lidas na ocasião, foi exaltado o grande espírito patriótico de Hermínio Escórcio, que consentiu sacrifícios para que Angola conquistasse a Independência Nacional, alinhando-se entre os demais nacionalistas que, com bravura e determinação, sempre defenderam a liberdade de Angola e dos seus filhos.

    Na mensagem da família, a neta mais velha de Hermínio Escórcio, Daniela Escórcio, lembrou os feitos do avô, tendo destacado os registos protagonizados em prol do bem-estar da Nação angolana.

    "Querido avô, nesta hora de despedida, a família Escórcio prefere recordar os bons momentos que contigo passámos e que foram muitos”, disse Daniela Escórcio.

    Para o general Pedro Neto, o nacionalista Hermínio Escórcio sempre se bateu pela causa social e económica do país. "Só nos resta ter a honra de celebrar os seus feitos, protagonizados por um homem de trato fácil, ainda que rigoroso consigo mesmo e com os outros. Amigo dos seus amigos e de um altruísmo ímpar, que permitiu cativar o respeito de todos que o rodeavam”, revelou o também deputado à Assembleia Nacional.

    A empresa Sonangol deixou, também, a homenagem ao seu antigo director-geral, tendo destacado, na voz de Cátia Epalanga, o desempenho de Hermínio Escórcio ao serviço da petrolífera.

    "Este homem foi uma figura com enorme sentido de missão, com dedicação à pátria angolana. Esteve na génese de muitas das grandes realizações da empresa”, destacou Cátia Epalanga.

    O presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, lamentou, igualmente, a partida de Hermínio Escórcio, por quem a nação tricolor nutria um enorme respeito, carinho e admiração.

    "Era um verdadeiro apaixonado e amante do desporto, visto pela nação tricolor como o seu grande líder”, afirmou Tomás Faria.

    A Associação dos Nacionalistas do Processo 50, de que Hermínio Escórcio era membro de pleno direito, não escondeu, igualmente, a consternação pela morte de um dos acérrimos defensores do patriotismo, destacando, na mensagem de condolências à família, o percurso político do embaixador na reforma, sobretudo os tempos difíceis que passou preso nas masmorras da PIDE-DGS.

    O diplomata e embaixador na reforma faleceu, na Clínica Net Care Alberton, em Joanesburgo, República da África do Sul, aos 87 anos.

    Hermínio Escórcio foi quadro sénior do Ministério das Relações Exteriores, onde desempenhou as funções de director do Protocolo e Património do Estado, tendo representado o país nas missões diplomáticas de Angola na Alemanha, Egipto, Argélia e na Argentina.

    O também nacionalista foi, ainda, director-geral da Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol).

    Rui Xavier rende homenagem na África do Sul

    O embaixador de Angola na África do Sul, Rui Orlando Xavier, rendeu, sábado, homenagem ao diplomata na reforma Hermínio Escórcio, falecido em Joanesburgo, a 29 de Setembro.

    Na mensagem de condolências dirigida à família, Rui Xavier destacou o contributo de Hermínio Escórcio na diplomacia angolana.

    O acto teve lugar no Aeroporto Internacional de Lanseria, arredores de Joanesburgo, de onde partiram os restos mortais para Luanda, depois da cremação na passada quarta-feira.