• Defendida nova visão sobre minerais críticos


    O director nacional dos Recursos Minerais, Paulo Tanganha, defendeu, no domingo, na Cidade do Cabo, África do Sul, uma nova visão sobre os minerais estratégicos.

    À saída da Cimeira Intergovernamental, o responsável informou que apre- sentou a visão do sector Mineiro angolano quanto à definição dos minerais críticos.

    “Defendemos que os minerais críticos, assim classificados pela União Europeia e outros países desenvolvidos, são críticos para a indústria desses países, mas não o são para nós. Consideramos serem minerais estratégicos para o desenvolvimento da nossa economia, como também para a construção de infra-estruturas críticas para industrializar a economia angolana”, disse
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    Paulo Tanganha ressaltou que “sabemos que a União Europeia classificou aproximadamente 50 recursos minerais como críticos, dos quais temos no país aproximadamente 36 deles e, coincidentemente, fazem parte do processo de diversificação da produção mineira do nosso país, tendo em conta o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023- 2027”.

    O responsável acrescentou que defende como minerais estratégicos aqueles virados à obtenção de recursos financeiros, referenciando os diamantes como uma “commodity de luxo”, que proporciona recursos aplicados em outros sectores sociais, como a Educação, a Saúde, a pesquisa científica e o desenvolvimento .

    “Nós devemos ter uma narrativa que satisfaça o objectivo do nosso Governo. Consideramos oportuna a abordagem desta temática hoje porque foi possível demonstrar a nossa posição como país e como uma Nação soberana. Nós, quando negociamos um Contrato de Investimento Mineiro, a Comissão de Negociação, nomeada pelo ministro Diamantino Azevedo, tem a missão de defender os interesses da Nação com olhos virados sempre para a agenda interna do nosso país e acautelando o ganho mútuo entre as partes, Governo e investidor privado”, esclareceu o responsável angolano. A Cimeira aconteceu no âmbito da“Mining Indaba 2025”, que decorre de 3 a 6 de Fevereiro, na Cidade do Cabo, na África do Sul.