O trabalho desenvolvido pelas provedorias de Justiça dos países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP) foi reconhecido, esta terça-feira, durante a Conferência Internacional “75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
O país fez-se representar pela provedora de Justiça, Florbela Araújo, igualmente presidente da Rede dos Provedores de Justiça da CPLP, e o director nacional dos direitos humanos, Yanick Bernardo.
Intitulada “Conferência Internacional 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos: Visões para CPLP”, a conferência decorreu no formato híbrido virtual e presencial, integrando dois painéis e uma mesa redonda, com abordagens direccionadas para a cooperação e o futuro dos direitos humanos.
Na sua intervenção, o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, afirmou que “toda boa governação deve colocar os direitos humanos no centro”, assegurando que a ONU tem estado a “combater as injustiças pelo mundo”.
Segundo uma nota da provedoria de justiça, o responsável referiu que os desafios actuais exigem proactividade dos direitos humanos.
Frisou, ainda, ser a juventude, a nível mundial, o segmento que mais desafios tem enfrentado no domínio das injustiças e privação de tais direitos, e apontou a diversidade linguística como “pedra angular para os direitos humanos”.
Por sua vez, a ministra-adjunta e dos Assuntos Parlamentares de Portugal, Ana Mendes, que procedeu a abertura do encontro, felicitou o trabalho dos provedores de justiça da CPLP, tendo afirmado que o Governo português reconhece como “positiva” a cooperação com esta rede.
De acordo com o documento, a governante acredita que a Rede dos Provedores de Justiça da CPLP está mais próximo de atingir um lugar cimeiro “junto da Aliança Global”, com o estatuto do tipo A, fazendo ouvir, cada vez mais, a “voz da comunidade” e não de forma esporádica.
Ana Mendes, sublinha a nota, considerou a conferência como “mais um degrau na escada da afirmação da CPLP” a nível do mundo.