• Cinco mil turistas visitam Memorial da Batalha do Cuito Cuanavale


    Cinco mil e 467 turistas nacionais e estrangeiros visitaram, durante o ano passado, o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, contra os 15.400 que a infra-estrutura registou, em 2023, verificando um déficit de 9.933 visitantes.

    O memorial homenageia a coragem dos protagonistas do confronto militar, cujo desfecho ditou o fim do regime do apartheid, na África do Sul, a libertação de Nelson Mandela e a Independência da Namíbia.

    Em declarações ao Jornal de Angola, o director do memorial, coronel António Tchilulu, explicou que dos 5.467 turistas, 5.153 são angolanos e 314 provenientes de Cuba, Rússia, África do Sul, Namíbia, Zimbabwe e Botswana.

    Sem avançar o valor arrecadado, António Chilulu disse que para a visita ao Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, os turistas nacionais pagam 350 kwanzas e os estrangeiros 500 kwanzas.
    Fez saber que estes valores são isentos para as pessoas que fazem parte das delegações protocolares, efectivos dos órgãos de defesa e segurança, antigos combatentes e veteranos da pátria, desde que se fazem acompanhar com os seus respectivos documentos.

    Destacou que, o que mais tem encantado os turistas é a imponente infra-estrutura que o Executivo construiu em homenagem aos heróis da Batalha do Cuito Cuanavale, que espelha muito bem os momentos cruciais da epopeia.

    Segunda fase

    António Chilulu indicou que, em 2024, registou-se fraca visita de turistas nacionais e estrangeiros em função das obras da II fase de construção do Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, que decorrem desde Agosto do ano passado, a cargo de uma empreiteira chinesa.

    “Estamos a trabalhar apenas a 75 por cento de acesso ao memorial que não permite aos nossos turistas visitarem o Museu das Pirâmides, onde se encontram os troféus e os acervos da guerra”, disse, acrescentando que, neste momento, os turistas têm apenas acesso à visita do Monumento à Bandeira, o museu a céu aberto e o Triângulo do Tumpo.

    O director do Memorial disse que as obras da II fase da infra-estrutura abrangem a construção de uma unidade hoteleira de 40 quartos para acomodar os turistas, que vêm de várias regiões do país e do exterior, reabilitação de 25 residências protocolares e a biblioteca, onde os visitantes vão ter acesso aos livros e vídeos que retratam a Batalha do Cuito Cuanavale.

    As obras contemplam também a reabilitação do Museu das Pirâmides e têm a conclusão prevista para Novembro deste ano, no quadro dos 50 anos da Independência Nacional.

    António Tchilulu agradeceu o projecto do Governo Central e, em particular, o Presidente da República, João Lourenço, por ter apostado na construção de unidades hoteleiras que vão atender às preocupações dos turistas, que percorrem cerca de 200 quilómetros da cidade de Menongue ao Cuito Cuanavale, sem encontrarem nenhum hotel para passarem as noites.

    “Esta situação tem obrigado com que os turistas visitem apenas algumas horas o memorial e depois têm que regressar à cidade de Menongue, onde existem condições de acomodação”, disse.

    António Tchilulu assegurou que até Novembro deste ano, o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale vai contar com melhores condições.