• Angola quer união com vista à indústria africana robusta


    Angola destaca a necessidade de se unificar sinergias para garantir a robustez da indústria mineira africana, disse, ontem, na Cidade do Cabo, África do Sul, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.

    Diamantino Azevedo, que falava aos jornalistas após visitar os dois stands de Angola na 31ª edição da Conferência Internacional de Minas e Exposição “Mining Indaba 2025”, considera que resta continuar a trabalhar em conjunto com os demais países africanos para que “haja mais sinergias entre os nossos povos e que essas valências sejam utilizadas pelos outros”.

    “Só em conjunto proveremos o desenvolvimento do continente africano”, disse, citado pela página de facebook do MIREMPET.

    O governante angolano, avança a mesma fonte, sublinhou que há anos que Angola faz um grande programa para adquirir novas informações geológicas.

    “Temos um grande potencial no país. Não apenas em termos geológicos, mas também em termos de infra-estruturas e laboratórios”, afirmou, depois de frisar que “pelo facto de termos um país estável e com uma boa legislação de mineração, existem em Angola todas as condições para que os investidores vão e invistam”.

    Quanto às perspectivas nesta 31ª edição, Diamantino Azevedo espera atrair investidores para o sector mineiro de Angola.

    “Preparámos com a devida antecedência a nossa vinda. Os encontros com os possíveis investidores foram devidamente seleccionados e apresentar-lhes-emos o que temos em Angola em termos de infra-estruturas geológicas e outras”, afirmou, acrescentando que o objectivo é estabelecer uma relação em que o país ganhe, mas também os investidores ganhem.

    Respeito ao ambiente

    O ministro sublinha que o país quer que a actividade mineira seja feita com respeito ao ambiente e inclusiva às comunidades que estão nas cercanias dos projectos mineiros. “É essa a mensagem que teremos trazido sempre que viemos a esta e outras conferências sobre mineração”, aponta.

    Acrescentou que, além do seu objecto, o MIREMPET tem dado também atenção ao empoderamento das famílias, o emprego aos jovens, assim como a criação de riqueza em todas as zonas onde haja projectos mineiros.

    “O nosso país tem sempre procurado transmitir isso às demais nações do nosso continente onde se faz mineração”, enfatizou.

    Durante a 31ª edição da Conferência Internacional de Minas e Exposição “Mining Indaba 2025”, que está a acontecer desde ontem, dia 3, e que vai até ao dia 6 de Fevereiro, Angola vai promover as áreas com potencial geológico e mineiro, com foco em projectos greenfield e brownfield, com o objectivo de captar investimento mineiro sul-africano.

    Caminhar juntos

    O ministro sul-africano dos Recursos Minerais e Petrolíferos, Gwede Mantashe, convidou, ontem, os seus homólogos africanos que participam no Indaba Mining para uma mesa-redonda sobre minerais críticos, cujo objectivo é a “busca de sinergias para parcerias na mineração e trazer riqueza e sustentabilidade para os nossos povos”.

    Na ocasião, o ministro Diamantino Azevedo considerou “importante a definição do que são minerais críticos para os países produtores” e defendeu a reactivação da “unidade de mineração da SADC”, que auxiliou, no passado, muitos Estados africanos por via da troca de experiências.

    A delegação angolana, que integra empresas públicas do sector, é coordenada pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.