Os desafios da presidência rotativa de Angola no Fórum das Inspecções Gerais dos Estados Africanos e Instituições Similares (FIGE) prendem-se com o reforço da cooperação e intercâmbio entre os Estados-membros e instituições do Estado para garantir controlo eficiente.
A informação foi avançada terça-feira, em Luanda, pelo inspector-geral adjunto da Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE), Venceslau Canjongo, em declarações aos jornalistas, após a reunião técnica do Comité Director de Peritos, no âmbito da realização da 9ª Assembleia Geral do FIGE, que assinala, hoje, a assumpção de Angola à presidência da organização, em substituição da República do Congo.
A agenda de Angola na presidência do FIGE vai ser dominada, também, pelos desafios de alargamento dos países-membros, com objectivo de transformar a organização numa plataforma de cooperação mais sólida e produtiva, em função das exigências actuais do continente.
Venceslau Canjongo esclareceu que a 9ª Assembleia Geral do FIGE foi antecedida, ontem, de uma reunião técnica do Comité Director de Peritos, que serviu para analisar os vários documentos em matéria inspectiva e de cooperação que vão ser debatidos hoje.
O evento decorre em Luanda, sob o lema "A Luta Contra a Corrupção e o Branqueamento de Capitais-Investigação, Repreensão e Cooperação".
Liderança cessante do FIGE
Para o presidente cessante do FIGE e inspector-geral da República do Congo, Geraman Kiamba, Angola terá a nobre tarefa de conduzir, até 2026, os trabalhos traçados pelos Estados-membros da organização.
Geraman Kiamba referiu, ainda, que a nobre tarefa da presidência de Angola consistirá na materialização das actividades e acções traçadas pela organização, bem como o testemunho para a adesão sucessiva, manifestado por parceiros técnicos e financeiros.
Relativamente à presidência da República do Congo, o inspector-geral congolês sublinhou que, em dois anos, foi possível a consolidação na governação do FIGE, caracterizada pela aplicação do regulamento interno e o manual de procedimentos administrativos e financeiros.
Ao longo do mandato, continuou, as intenções foram levadas na promoção da cultura de desempenho dos Estados-membros, omeadamente, a boa organização interna e o reforço das capacidades operacionais.
De acordo, ainda, com o presidente cessante, os desafios exigem de todos uma "boa concentração", sugerindo que se deve aproveitar as instituições para a melhoria do quadro constitutivo, segundo a recomendação da última Assembleia Geral.
Os pontos inscritos para a 9ª Assembleia Geral da FIGE, esclareceu Geraman Kiamba, precisam de ser abordados com muita responsabilidade.
"Vamos examinar e validar as conclusões dos grupos de trabalhos técnicos com muita atenção", concluiu inspector-geral do Congo.