• Angola aborda com os EUA ajuda técnica para avaliação de projectos


    A ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, reuniu-se, ontem, em Washignton DC, com o Subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos para Assuntos Internacionais, Jay Shambaugh.

    O encontro teve como base as perspectivas futuras, tendo em vista o interesse do Tesouro Americano em apoiar o investimento público angolano por meio de ajuda técnica para avaliação de projectos e gestão de passivos contingentes.

    Realizado durante as reuniões anuais do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, o encontro serviu para passar em revista diversos aspectos ligados ao investimento público e ao sector económico.

    Do ponto de vista da panorâmica económica, deu-se nota sobre as perspectivas positivas do sector petrolífero que está a dar sinais de reacção, mesmo de forma tímida, e do PIB que prevê crescer a nível de três por cento em 2025, que apesar de ser ainda a baixo do nível de crescimento da população, foi apontado como um sinal positivo em relação aos anos anteriores.

    A nível de engajamento, fez-se um balanço positivo da assistência técnica do Tesouro Americano à divida pública, perspectivando-se revisitar o engajamento a nível do branqueamento de capitais e avaliar a possibilidade de estender o escopo de cooperação para outras matérias, nomeadamente a nível do investimento público e da avaliação e monitoramento da gestão de passivos contingentes.

    A perspectiva, como ficou vincado no encontro, é apoiar o Governo na avaliação das decisões a nível do investimento publico, numa perspectiva de valor de investimento e retorno, de modo a perceber como Estado pode tirar maior partido dos investimentos públicos.

    O encontro abordou a necessidade de existir um balanço entre os investimentos essenciais do país e a de se garantir a sustentabilidade da divida, permitindo que o Estado possa fazer investimentos, mas de forma sustentável.

    Reforma financeira

    A comitiva angolana em Washington participou, também, no encontro do Grupo de Trabalho de Alto Nível sobre a Arquitectura Financeira Global e noutro sobre a "Agenda de África para a Reforma da Arquitectura Financeira: Prioridades para 2025”, na qual a ministra das Finanças foi oradora.

    O encontro foi promovido pela African Center for Economic Transformation (ACET), African UNION e a United Nations Economic Commission for Africa (UNECA) e teve como objectivo promover o engajamento directo entre ministros e parceiros sobre as principais prioridades para os próximos 12 meses, tanto para as arquitecturas financeiras globais quanto continentais.

    No final do dia, a delegação angolana tomou parte nos encontros do Caucus Africano com o Banco Mundial, dirigido pelo presidente do órgão, Ajay Banga, e com o Fundo Monetário Internacional, presidido pela directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva. O objectivo foi abordar os desafios orçamentais e de desenvolvimento de apoio ao sistema de pagamentos em Afric

    Encontro entre os ministros das Finanças acontece hoje

    Para hoje, o programa prevê a participação na 4ª Reunião dos Ministros das Finanças e Governadores dos Bancos Centrais do G20 e a intervenção da ministra das Finanças no evento sobre o sistema alimentar agrícola como motor de crescimento sustentável e criação de emprego.

    O evento vai abordar os desafios crescentes no sistema alimentar global e promover um sistema alimentar sustentável com maior oportunidades de emprego, visando a mobilização de capital privado

    Prevê-se, igualmente, a participação na reunião sobre a Iniciativa Ministerial para o Corno de África, que tem por objectivo analisar os desafios e as oportunidades para construir um desenvolvimento verde, resiliente e inclusivo no Corno de África, através da integração regional.

    A ministra das Finanças voltará a ser oradora no evento de alto nível sobre “Financiamento e Segurança da Água: Aumentar Investimentos para Colmatar a Lacuna entre a Procura e a Oferta de Água”.

    Equilíbrio entre a oferta e a procura

    O evento abordará estratégias para equilibrar a procura e a oferta de água, destacando a urgência de aumentar os investimentos no sector para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030. Também serão discutidos desafios climáticos e a poluição dos recursos hídricos

    O ministro do Planeamento, Víctor Hugo Guilherme, é o chefe da delegação angolana nas Reuniões Anual do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional que iniciaram na segunda-feira, em Washington, Estados Unidos da América.

    A comitiva angolana integra a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, o governador do Banco Nacional de Angola, Tiago Dias, e o presidente do Fundo Soberano de Angola, Armando Manuel.

    As reuniões anuais do grupo Banco Mundial reúnem líderes influentes de governos, empresas e organizações internacionais, sociedade civil e academia, em busca de soluções para desafios de desenvolvimento económico e sustentabilidade que o mundo enfrenta.

    A delegação angolana manteve uma reunião bilateral com a vice-presidente do Banco Mundial para a Região da África Austral e Oriental, Victoria Kwakwa, na segunda-feira.

    Com o ministro das Finanças da Zâmbia, Situmbeko Musokotwane, a representação angolana discutiu o financiamento do projecto da estrada e fronteira Kalabo-Sikongo-Angola.

    No mesmo dia , a delegação participou no XXIV Encontro dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa (BCPLP) para discutir os temas tratados nas reuniões anuais, em particular, as principais variáveis económicas, financeiras e financeiras que têm um impacto significativo na situação económica e financeira das economias internacionais.

    Além disso, a ministra das Finanças concedeu uma entrevista ao programa de televisão do Fundo Monetário Internacional IMFToday, transmitido pelo IMF.org, YouTube e LinkedIn. À abordagem concentrou-se nos desafios da dívida e do financiamento em países de baixo rendimento e mercados emergentes.

    As reuniões anuais do grupo Banco Mundial reúnem líderes influentes de governos, empresas e organizações internacionais, sociedade civil e academia, em busca de soluções para desafios de desenvolvimento económico e sustentabilidade que o mundo enfrenta.