• A vez e voz de Angola à frente da SADC


    O alcance da estabilidade política, da integração e do desenvolvimento económico da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) constitui um dos principais desafios da presidência rotativa de Angola neste órgão continental.

    Ao que tudo indica, parece cada vez mais consensual, e bem aceite, a ideia de que esses temas constituem um “farol” para a liderança de Angola, que durante um ano terá sobre as “costas” o peso de conduzir e materializar essas aspirações dos Estados-membros.

    A partir de 17 de Agosto, Angola inicia uma difícil jornada na condução da SADC, ante um quadro político e económico complexo, quer na região, em particular, quer no continente, em geral, o que vai exigir uma actuação diplomática firme e ajustada.  

    O ambiente de paz na região, considerada pelo Conselho de Paz e Segurança da União Africana mais estável do que as regiões Norte, Central, Ocidental e Oriental, será determinante para a almejada industrialização e o desenvolvimento da zona austral.

    Actualmente, as manchas mais visíveis na região estão na República Democrática do Congo (RDC), que clama pela resolução do conflito fronteiriço com o Rwanda, e em Moçambique, palco de actos de terrorismo, na província de Cabo Delgado.

    Com vista a reduzir o impacto daquelas crises e dos estragos para a comunidade e África, no geral, Angola já deu passos firmes ao enviar para Moçambique, em 2021, por exemplo, uma componente militar para integrar a Força em Estado de Alerta da SADC.