• “Temos mais 100 anos de riqueza mineral por descobrir em Angola”


    Angola tem ainda pela frente mais 100 anos de riqueza mineral por descobrir, segundo afirmou, ontem, na Cidade do Cabo, África do Sul, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
    Quarta-Feira, 05 de Fevereiro de 2025

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    @DR
    Diamantino Pedro Azevedo abriu com um disrcurso apelativo o “Fórum: A Hora de Investir no Sector Mineiro é Agora”, que marcou o Dia de Angola, no Indaba Mining, que decorre de 3 a 6 na África do Sul.

    “Venham a Angola e vamos associar vossos nomes ao desenvolvimento do país. Receber-vos-emos calorosamente e de mãos abertas para estabelecer relações de ganhos recíprocos”, afirmou.

    Com este convite, o ministro Diamantino Azevedo dirigiu-se a centenas de presentes no “Dia de Angola”, à margem do Indaba Mining/2025.

    Sobre as potencialidades de Angola promovidas no evento, o governante destacou o vasto portfólio de recursos minerais, tais como ouro, cobre, minério de ferro, nióbio, terras raras e areias pesadas que permanecem em grande parte inexplorados, o Complexo Ígneo do Cunene, os Complexos Carbonatíticos e a extensão do Copperbelt que aguardam por investimento.

    “Embora tenhamos 100 anos de exploração de diamantes, ainda temos mais de 100 anos de riqueza mineral por descobrir”, referiu o ministro, garantindo aos geólogos que queiram ter o nome nos anais das descobertas minerais que sigam para Angola.

    Aos investidores, o ministro Diamantino Azevedo disse que podem associar o nome a uma descoberta mineral de classe mundial.

    “Não estamos apenas a apelar às empresas mineiras para que se estabeleçam em Angola, mas também a convidar os prestadores de serviços a juntarem-se ao sector mineiro e mineral angolano. Um sector mineral e mineiro em crescimento significa novas oportunidades para os prestadores de serviços ao sector mineiro", assinalou Diamantino Azevedo.

    Quanto ao sistema regulatório angolano, o ministro referiu ser transparente, estável e garante a segurança da propriedade.

    Na ocasião, deu nota da adesão voluntária do país à Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas, referindo-se a existência de um sistema de governação dos minerais e da mineração único, com integral autonomia da Agência Nacional de Recursos Minerais.

    “O nosso compromisso com a transparência é demonstrado pelo facto de estarmos prestes a implementar o Sistema de Cadastro Mineiro Digital (CMA)”, afirmou.

    O momento foi marcado também pela partilha de experiências de oito empresas que operam em Angola, nomeadamente De Beers, Sodiam, Rio Tinto, Niobonga, Shining Star, AngloAmerican, Angolítio e Ivanhoe.

    Antes da abertura, a Agência Nacional dos Recursos Minerais (ANRM) e Endiama (por Angola) e a empresa Ndumba assinaram o contrato de investimento mineiro em diamantes (kimberlitos), na Lunda-Norte.